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TRADUÇÕES

| O NAVEGANTE

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       O Navegante, poema anônimo anglo-saxão do século IX, recolhido no Livro de Exeter, é uma das elegias mais admiráveis da literatura universal. Na opinião de Ezra Pound, o maior de seus tradutores para o inglês moderno, por sua profundidade e grandeza, unicamente admite comparações com o décimo primeiro livro da Odisseia, onde Ulisses desce à mansão do Hades para consultar a sombra do adivinho Tirésias sobre seu regresso.

 

Armando Roa Vial

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        Pela milésima primeira vez ouvimos que poesia é feita para entreter [. . .] "Os primórdios da poesia inglesa assim feita por um povo rude e afeito à guerra para o entretenimento de homens armados, ou para os homens das mesas dos monges." Será que o autor desta frase leu The Seafarer? [. . .] Essas linhas não foram feitas para entreter homem algum, mas porque um homem, acreditando em silêncio, não suportou mais ficar calado.

 

 

Ezra Pound

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        O Navegante começa com versos que profetizam a "Canção de Mim Mesmo", "The Song of Myself", de Walt Whitman. E começa assim: "Posso cantar uma canção verdadeira sobre mim mesmo, sobre minhas viagens". E isso é uma coisa totalmente revolucionária na Idade Média.

 

Jorge Luis Borges

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        Simples à superfície, esta é uma obra de profundidade insondável; e pensar que a sociedade que criou esta sofisticada obra-prima era de alguma forma primitiva ou rudimentar é ser culpado de um erro grosseiro.

Charles Harrison Wallace

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