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MÚSICA

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Rodrigo Garcia Lopes começou sua formação musical em sua cidade natal, Londrina, “nascida em Londres”, criada por uma companhia de terras britânica nos anos 30. Aprendeu violão aos dez anos com uma tia-avó, depois estudou o instrumento sozinho e com professores conhecidos na cidade, como Luiz Violão e Romeu Dias. Ouvia de tudo. Embora os pais não fossem músicos, gostavam de música. O irmão tocava pistom, a irmã, o piano, e o ambiente familiar tinha sempre a presença da música (Dolores Duran, Vinícius, Tom Jobim, boleros, Dorival Caymmi, Astor Piazzola, Led Zeppelin, Beatles, Burt Bacharach, música clássica e rádio). Uma das primeiras reminiscências de Lopes era a história de que o avô paterno e seus irmãos animavam sessões de cinema mudo em São João da Boa Vista (SP). Anos 80. Em Londrina, em plena ditadura, se vivia a febre dos festivais. Aos 14 anos, no colegial, compôs a primeira canção, o tango “Fracassado”, com o qual ganharia um festival de música de Londrina em 1981. Eram tempos de canjas em bares, serenatas, rodas de música em botecos e repúblicas da vida. Junto com a poesia, o cinema, a pintura, descobriu o poder da canção brasileira com João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Morais, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Clube da Esquina, Roberto Carlos, Djavan, Itamar Assumpção e o londrinense Arrigo Barnabé. Outras escutas constantes e apaixonadas: Miles Davis, Debussy, Bach, Duke Ellington, Thelonious Monk, Keith Jarret, Chick Corea, Gary Burton, Bill Evans, Ralph Towner, Burt Bacharach, Led Zeppelin, James Brown, Jimmi Hendrix, Pat Metheny, Egberto Gismonti, Marcus Muller, Frank Zappa, John Cage, Phillip Glass, Tom Waits, entre outros.

1985, um ano chave para o autor, foi passado ano em Londres, trabalhando como ilegal em restaurantes e tocando música brasileira nas ruas. Viajou de trem pela Europa, “on the road”, entre descobertas como o Zen, Rimbaud, o movimento punk, a música de Ralph Towner, e a “beat generation”. Na volta, retomou o curso de jornalismo na Universidade Estadual de Londrina e continuou participando de festivais de música. Fez cursos com Sebastião Tapajós, José Miguel Wisnik e Hans-Joachin Koellreutter. Londrina vivia uma efervescência cultural, alcunhada por alguns como “Londrix renaissance” (uma safra que gerou nomes nas artes e no jornalismo brasileiros como Adriano Garib, Ademir Assunção, Jotabê Medeiros, Mario Bortolotto, Bernardo Pellegrini, Sidney Giovenazzi, Paulo de Moraes, Karen Debertolis e Maurício Arruda Mendonça). 

 

Da convivência com outros poetas e compositores de Londrina e da apresentação em bares da cidade, vieram as primeiras parcerias e, finalmente, no começo dos 90, as primeiras canções: “Mulher da Multidão”, “Ruído do Vidro”, “Clique, Plugue, Ligue”, “O Assinalado”, entre outras. Também vieram as primeiras parcerias (com Bernardo Pellegrini, Maurício Arruda Mendonça, Neuza Pinheiro, Madan, Cruz e Souza, Paulo Leminski). “Solidão”, parceria sua com o compositor paulistano Madan, ganhou o  festival MPB Londrina - 2000. Compondo de forma mais madura nos anos 90, tocou ao lado de músicos como o saxofonista Mané Silveira, o pianista Therciano Albuquerque e o guitarrista Walmor Góes, o baterista Eduardo Batistella, o percussionista André Vercelino, o compositor Bernardo Pellegrini, a cantora Neuza Pinheiro e os músicos André Siqueira e Marco Scolari. Em 1996 publicou Vozes & Visões, resultado da temporada nos EUA (90-92), tendo entrevistado John Cage, Meredith Monk, Laurie Anderson e Chick Corea.

 

Em 2001 lançou seu primeiro disco independente. Polivox trazia o resultado de sua pesquisa da interrelação voz-música-poesia. Em 14 faixas, o álbum tinha a proposta de reunir canções, poesia falada e poemas com trilhas. Gravado e mixado em São Paulo por Maurício Grassmann, Polivox contou com a participação do músico e arranjador Sidney Giovenazzi e dos músicos Marco Scolari, Neuza Pinheiro e Ricardo Garcia. Nos anos seguintes, Rodrigo Garcia Lopes se apresentou com show homônimo (sozinho ou com banda) em várias cidades brasileiras. Destaque para os projetos Prata da Casa (SESC Pompéia, São Paulo), CEP 20.000 (Rio de Janeiro), Seis e Meia (Santander Cultural, Porto Alegre), Outros Bárbaros (Itaú Cultural, São Paulo), bem como shows no SESC da Esquina (Curitiba), SESCs de São Paulo, festivais FILO (Festival Internacional de Londrina) e "A Moving Feast", realizado na Brown University (Estados Unidos, 2007). No segundo semestre de 2009 apresentou o show "Canções do Estúdio Realidade" dentro do projeto Prosódias, no SESC Vila Mariana, em São Paulo, e no encerramento do Londrix- Festival Literário de Londrina (PR) e “Canções de Nós Mesmos” (SESC Araraquara), no encerramento da Semana Internacional Walt Whitman 2011. Tem feito shows acompanhado de André Siqueira, Rodrigo Serra e Ricardo Garcia. Canções do Estúdio Realidade (2013) é seu segundo disco.

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